sábado, 28 de agosto de 2010

Uma doce melodia


Olho por de traz da cortina.
Procuro o melhor
Mas o negro é o que domina
Devasta, destrói e consome
Não tenho medo...
E logo a seguir esqueço a sombra
Aqueço o coração,
Com a luz que nasce do sol.
Um brilho que ilumina e cristaliza.
Olho as flores
Elas são multicoloridas.
A natureza é bela!
A sombra consome e destrói...
Uma doce melodia
Já encoava em mim.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

A saudade daquele lugar…

Sonhara eu ser um cantinho de segredos por descobrir
Um aconchego ao desespero
A felicidade na tristeza
Um sonho em algum pesadelo
Sonhara eu ser lembrada
Sonhara eu ser …
Surgindo na solidão dos pensamentos
Um sorriso meu contra o sofrimento
Quisera eu lembrar
Sem sonhar
Como viver
Como sorrir
Como procurar
Se eu não posso mais tar ali.
Jamais se esquece
Apenas o carinho que um dia se clama
Converte-se em lágrimas de lembrança.
Saudade,
Do tempo em que no meu olhar se via a
inocência e a vontade de viver,
Dos sorriso puros e dos sonhos tão bonitos…
Saudade,
do tempo em que tudo era uma brincadeira,
Tudo era alegria
Tempo que não volta mais,
Restando assim, somente lembranças,
Que os anos não trazem mais
E que a saudade,
Se encarrega de guardar
Com tanto carinho e amor
Dentro do coração…
Um voz, um olhar, um toque.
De repente uma angústia.
Hoje a tristeza
Tomou conta de minha alma.

Senti saudades

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Há dias tristes

Há dias em que nada corre bem...
Parece que nada está certo ou no lugar... Que estão todos e tudo contra nós...
Há dias que me sinto perdida, sem vontade para nada...
Há dias tristes, que parece que nunca mais acabam... Que o tempo custa a passar
Melhor dizendo, há dias em que estou triste, não são os dias que estão tristes
Haverá então um olhar positivo?
Uma boa disposição?
Mesmo que seja necessário dar passos atrás...
Se não por um ponto final, como será daqui para a frente?

Preciso de um longo tempo...

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Em mim, as tuas palavras são doces



Tenho nos meus lábios…
Tenho no meu corpo… nos meus olhos… no meu peito
O bater do teu coração.
Com palavras doces,
Acabou-se a noite
Doces, esperançosas, suaves e carinhosas.
Que em nosso desalento tornam-se cruéis e amargas.
Um simples poema de amor com palavras doces de saudade…
Em mim, as tuas palavras são doces, brilhante
E doces gotas me aquecem, quando tudo o resto é a minha vida.
Não há nada que não sinta falta,
Se não for a música, é o silêncio
Se não for a luz, é a escuridão
Do meu coração de pedra, tu fizeste algodão.

Contemplei mais uma vez a Natureza

Hoje acordei cedo, contemplei mais uma vez a natureza.
A chuva fina chegava de mansinho nos meus sonhos.
O encanto e a aroma matinal traziam um ar de reflexão.



Esvoaçando ao pôr-do-sol, ou atraídas pela luz de uma vela, as borboletas são "flores voadoras" que inspiram os poetas e chamam o convívio da Natureza.
Não há palavras que cantem
como as ondas quando batem nos rochedos,
Não há palavras que possam
dizer deste infinito azul que enche os olhos,
sonhos espalhados ao vento e ao mar,
conchinhas e segredos na areia,
felicidade sem motivo,
coração sereno,
amo este mar!
Sou transparente,
Tanto quanto me permite a vida.
Mas a transparência não esta em mim,
E sim nos olhos que me desnudam.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Encanto, só meu...

Não aceito de imediato tudo que chega aos meus olhos...
Observo sempre com muita cautela o que parece ser um problema existente em mim...
Porque os olhos são auxiliares divinos para que tenhamos a consciência do mundo exterior... mas é na mente que analisamos e concluímos aquilo que vemos.
Às vezes, além dos olhos, precisamos de ver com o coração!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Aquilo que faz sonhar

Olho para o infinito,
sonho, para abraçar,
engano o que sinto,
Sento-me janela,
entrelaço minhas mãos no cabelo e
penso no nada,
fico pela minha vida frustrada,
aquilo que sou, não adormeço,
é o desespero inalado,
na essência do sonhar,
fecho a mão com mais força,
para sentir… não penso em magoar porque é
a paixão que me faz lembrar.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Nos teus braços

Hoje não grito para que me ouçam
Hoje fico em silêncio para que me sintam...
Preciso de ti!
Anseio ouvir, embora a minha mente me grite
Ainda assim espero, desejo e sonho...
Deitada na palavra proibida de querer...
Estas mãos marcadas pelo toque, que agora escrevem... estes olhos, nos quais despertas um brilho... este coração que bate nada sente e as vozes que oiço são fantasmas que vieram embalar os meus sonhos e acordar os pesadelos, memórias esquecidas e abandonadas.
A minha alma, vazia, corre na tua direcção, em busca de conforto, de carinho e de amor... Esta minha alma perdida, perde-se no nada, na esperança que deixou de o ser.
Se tu a visses, se a pudesses ver...
Tenho saudades de mim!
São as palavras, São as palavras...

domingo, 15 de agosto de 2010

Silenciosentido


Hoje decididamente não é um dia como os outros, é só mais um…
O calor não ajuda e deixa-me particularmente triste!
Será apenas um desabafo? Não sei…
Ontem depois de mais um dia de trabalho, sentei-me aqui enfrente ao computador e algo de estranho se passava comigo. Saltei de blogue em blogue, não comentei… nem no meu próprio blogue senti vontade de escrever, senti-me sozinha!
Mas lembrei-me que um dia uma amiga de família me disse, Ana continua com essa alegria que se apodera dentro de ti e realiza todos os teus sonhos!
Ao escrever estas palavras por detrás de uma fotografia relembro todos momentos que passei naquela altura e agora confronto-me com a realidade e estou triste!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Falha de percepção

Em dias infindáveis, sobrevivi às tempestades… durante intensos dias, fazendo sol ou chuva não acreditei, não se ouviu os meus soluços… e não aceito súplicas.
Fecho os olhos e toco levemente com as pestanas no meu rosto deixando apenas a saudade de um ser.
Hoje peço que seja aceite o que te digo e que se acredite nas minhas palavras jogadas nesta página, escritas com tinta de carinho, carregadas de energia e confesso que assim estou ditosa.

Palavras impossíveis de escrever

Entre nós e as palavras há um som reconhecido
entre nós e as palavras há espirais e diamantes
que podem dar-nos a fortuna e delicadeza que precisamos
Do mais fundo de nós o mais útil segredo
entre nós e as palavras há espaços vazios
à espera do seu tempo para serem preenchidos.

Ao longo da muralha que habitamos
há palavras de mim há palavras de ti
há palavras imensas, que esperam por nós
e outras, frágeis, que deixaram de esperar
há palavras acesas como velas ardentes
e há palavras homens, palavras que guardam
o seu segredo e a sua posição

Entre nós e as palavras, surdamente,
as mãos e as paredes
E há palavras nocturnas palavras gemidos
palavras que nos sobem ilegíveis à boca
palavras diamantes palavras nunca escritas
palavras impossíveis de escrever
por não termos connosco cordas de violinos
palavras maternais só sombra só soluço

Entre nós e as palavras e entre nós e as palavras

O nosso dever falar

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Vou remar sem rumo


Um barco a navegar, junto ao mar à deriva,
Sinto o vento soprar e a vela inquieta sobre mim passa duas vezes em cada minuto.
Vou na água sem remar, e sobre a tona ando perdida,
Vou naufragada ao procurar o rumo certo da minha vida.
Longe da minta terra, dos meus e de mim mesma, vou na água sem remar, e encalhada estou no fim,
Lugar tão deserto
Que procura em mim?
Não posso mandar dizer o que me aconteceu
Eu, distante e remando contra a maré
Vou indo ao rumo do nada como um barco à deriva
Procuro no horizonte, neste mar sem fim
Mas sem vontade de remar, tenho que ter um destino
Sigo o meu caminho
Mas com vontade de remar
Neste mar azul sem fim
Balanço sobre as ondas
Vou remar ao sabor do vento sem me deixar levar pela corrente.

Se não remar...o barco continua à deriva sem rumo nem destino.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

É difícil subir o monte altíssimo

É difícil subir o monte altíssimo. É preciso trocar tudo pelo instante mágico e fascinante de chegar ao cume. Ali, tudo é radicalmente verdadeiro, não é possível fingir que se vai a caminho e deixar rasto.
Deixam-se as forças na íngreme escalada, rasga-se a pele nos rochedos, abandona-se o aconchego do calor do corpo ao vento e à neve e ao gelo.
Caímos e apetece-nos ficar por ali. Por vezes não sabemos se conseguimos dar mais um passo. Só ali se respira verdadeiramente, só ali se vêem as coisas no seu verdadeiro relevo e com as suas cores desiguais.
Ao tomar a consciência do meu valor, sou capaz de ir em frente e acreditar que algum dia ao cair sou capaz de me levantar mesmo que o vento me empurre mesmo que a chuva me empeça ou mesmo que o sol me queime.
Assim, perfume meu que não posso passar nos outros sem que o cheiro fique um pouco em minhas mãos.

Mensagem


Não podíamos imaginar as coisas que iam acontecer, o início foi incerto, confuso e incomum…onde todos os estranhos já faziam parte da nossa vida e onde todos nós teríamos histórias escondidas.
Aqui, passámos os melhores momentos da nossa vida, fizemos amigos, muitos dos quais nos vão acompanhar para sempre e por isso vamos comemorar a vossa presença!
É hora de olhar para trás e ver tudo o que já passámos juntos, sem dúvida tristezas e conflitos mas, felizmente, inúmeros bons momentos, de alegrias, de vitórias e de cumplicidade que deverão ser sempre recordados.
Agora, estamos a tempo de esquecer aqueles que nos impuseram obstáculos e agradecer àqueles que nos impulsionaram o adiante.
Este, é um momento especial só nosso…pois, vamos valorizar as amizades que criámos aqui.

Um obrigado a todos!

domingo, 8 de agosto de 2010

Um amor nunca se esquece


“Um Amor em Tempos de Guerra” é o título do romance escrito por Júlio Magalhães. O autor não abandona assim África/Angola, tema de fundo do seu bem sucedido livro de estreia, “Os Retornados – Um amor nunca se esquece”.
Trata-se, segundo divulgou a sua editora, a Esfera dos Livros, de “uma história de amor, de um soldado português que fica com o seu coração dividido entre o amor que deixou em Portugal e um novo que encontra em Angola. Podia ser a história de qualquer português, dos muitos que deixaram o seu coração em África.”
“António nasceu marcado pelo nome. O mesmo que o vizinho da rua das traseiras, o homem que se fez doutor em Coimbra e que ia à terra sempre que podia, o tal que governava o país com pulso de ferro. Mas de pouco ou nada lhe valeu tão grande nome quando o destino o enviou para Angola, para defender a pátria em nome de uma guerra distante que não era a sua.
Deixou para trás a sua terra, a mãe inconsolável e Amélia, a mulher a quem pedira em casamento, num banco de pedra, junto à igreja e que prometera fazer dele o homem mais feliz de Vimieiro. Promessa gravada num enxoval imaculado que ficou guardado no armário, à espera do fim daquela maldita guerra.
Quando António regressou de Angola, era um homem diferente. Marcado no corpo por anos de guerra e de cativeiro e no coração por um amor impossível que deixara em pleno mato angolano. Regressava para cumprir a promessa que fizera anos antes à sua noiva Amélia, que o julgara morto, e que, em sua memória, tinha enterrado um caixão sem corpo.”

sábado, 7 de agosto de 2010

O muito aguardado "Alice no País das Maravilhas" de Lewis Carroll.


Quase 50 anos depois da estreia do conhecido filme de animação "Alice no País das Maravilhas", a Disney volta a refazer a história.
O realizador pega em "As Aventuras de Alice no País das Maravilhas" e "Alice do Outro Lado do Espelho" e dá continuidade ao enredo.
Alice já não é uma criança, mas antes uma rapariga de 19 anos. No início do filme está prestes a casar-se com um filho de uma família aristocrata, num casamento de conveniência, mas em plena cerimónia, perante centenas de ilustres e elegantes convidados, exclama que precisa de tempo para pensar e segue disparada no encalço de um coelho branco que a leva até ao fantástico mundo paralelo.
Já não é a primeira vez que Alice anda por este estranho mundo, mas terá de convencer os seus velhos amigos que o coelho branco, o gato de Cheshire e, em especial, o chapeleiro, de que ela é a mesma Alice, a criança que outrora os visitou.

Fome, sede e vontade de escrever


Quando era criança, adorava ouvir histórias… mas não era daquelas histórias dos livros era daquelas que o meu avô contava, de momentos que aconteceram na realidade… e ele conhecia.
Gosto de ver as folhas em branco que depois vão sendo preenchidas pelas palavras espontâneas e surgidas.
Posso não ser grande escritora, mas consigo exprimir meus sentimentos sem medo… registo os momentos que são indispensáveis.
Usando sempre papel e lápis para o fazer.
Acabo por Ver em ti, em mim, nas coisas, um bom motivo para dizer que gosto de escrever!
Ensinaram-me muitas vezes que ler é um privilégio do conhecimento e que a criatividade leva-nos até bem longe.
Imagino e vou rebuscando pela simples vontade de escrever…
Gosto de lançar palavras ao vento e ir apanhá-las numa só ordem minha!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

A essência permanece...

Esperei completamente envolvida em ti
Foi tudo diferente entre nós dois, como se fosse uma descoberta ao nosso amor pela primeira vez
Tua, o tempo todo, sem questionar nada
E nem criticar aquilo que tu dizes suave ao ouvido
Um ninho de amor
Dos mais perfeitos...
Uma música preferida,
Uma luz apagada,
Uma janela aberta, deixando passar,
Apenas o luar, entre as rendas da cortina,
Um olhar curioso dentro de ti
Terás tudo em meu amor?
A noite passou, e de manhã, quando o sol penetrou em nós,
Encontrou-nos a dormir, cada um para seu lado,
Vencidos por algo e começou um novo dia,
Um novo amor renasceu em nós.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Manhãs de ouro e Noites de cetim


Era criança, e acreditava que havia estrelas com olhos brilhantes que piscavam de vez em quando.
Bastava dar uma passada de olhos pelas histórias das princesas e lembrava-me do escuro que a noite tinha com pedaçinhos brilhantes afastados uns dos outros.
Sozinha imaginava…
Uma flor com muitas cores, um mar diferente e um campo mais florido.
Mas o aspecto que mais me admirava era que conseguia diferenciar cada detalhe do meu dia-a-dia, a tarefa de atar os sapatos ou de não querer vestir as meias por baixo das sandálias.
Mantinha sempre os meus olhos atentos ao chão, porque acreditava que um dia encontraria uma lâmpada mágica, acreditava que sempre que chuvia, essa chuva era na verdade lágrimas.
Passava os dias a brincar e tudo era indiferente!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Não guardo mágoas em mim


Sinto mágoas mergulhadas em mim…
Perco o sono se me lembrar ao pormenor das causas…
Passam rápidas uma a uma, viram indiferenças…
Pode parecer frieza mas fico magoada na hora e depois indiferente.
E aqueles que eu posso fazer sofrer, sem dar conta de nada? Não interessam?
Se ficaram mágoas em mim, é porque as palavras falam, é porque os sentimentos se adoram e é porque eu estou magoada.
Sinto magoas mergulhadas em mim…
Na hora e no momento que falas,
começo a perceber coisas que não queria entender, fazendo-me de as vezes desentendida.
Mas o destino abriu outra vez os olhos para a vida.
Tudo acaba de mágoas mergulhadas em mim… De uma ferida aberta no meu coração.
Tudo poderia começar numa bela história de paixão ou amor, mas parece que o destino não quis assim...tudo irá continuar igual ao que já se tinha passado.

Momentos amigos

Se suster a respiração, ainda consigo ouvir o som dos sorrisos a ressoar dentro das minhas memórias.
Se fechar os olhos consigo ver os traços dos rostos conhecidos por mim.
Assim, também consigo observar um valor crescido na minha vida, nasceu cresceu e agora cuido dele para que ele nunca desapareça.
Carregar lembranças, não é fácil!
Ano após ano quando o calendário grita reparamos que existe algo diferente, em datas diferentes e em alguém diferente que passou. Olha passou, passou!!
E então, percebemos que nesse dia, mais do que nos outros, os amigos não se fazem em momentos só de alegria, em momentos fáceis, ou quando o nosso humor está para aí virado. Amigos não são pessoas que consideramos por acaso, são pessoas que conseguiram desfrutar do nosso melhor, um melhor que nem mesmo nós achavamos que tinhamos.
Olho-me nos olhos, entendo os meus silêncios, e compreendo que conseguimos encontrar defeitos um no outro.
São assim os momentos de amigo!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A sensiblidade em dose delicada

Estou a tentar entender o sentir, a vivenciar as emoções e os sentimentos como algo que simplesmente acontece.
É o natural!
Se me deixar levar por isso vou cometer os mais desvairados desatinos em nome de algo que é desconhecido mas que procura o conhecido dentro da emoção….de maneira tranquila, calma e inteligente, vou apreciar o que é sentir, aquele sentir dentro de mim e de certeza que vou começar a entender como acontece e de que modo devo lidar com as situações de agora….
Todos os sentimentos que guardo em segredo para que ninguém tenha a tentação de comentar, pesam no mundo… e os seus capítulos finais ficarão sempre gravados na memória de quem os arrasta para dentro do seu coração…prometendo sempre uma boa razão emotiva para si mesmo.
Pequenos momentos em que a minha alma escreve…escrever o que sinto de sentimentos sentidos…onde se esfumam as minha certezas e incertezas, dilacerando assim para todo o sempre.